sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A mordomia do Ser

A mordomia é algo muito importante, que se verifica nas mais diversas áreas da nossa sociedade. Um escultor tem que saber gerir o material bruto que tem para tirar dele o maior rendimento e beleza possíveis. Um treinador precisa mordomar correctamente os seus jogadores para aproveitar ao máximo as suas potencialidades. Um administrador necessita colocar cada empregado no seu respectivo lugar, dando-lhe as responsabilidades certas, para que haja maior rentabilidade e qualidade no trabalho. Uma família tem que potenciar a administração dos seus recursos. E podíamos continuar a falar de outras valências da mordomia.
A mordomia é uma arte para a qual todos nós somos chamados a envolver-nos. Não é só o mordomo que possui formalmente este título que exerce tal arte. Todos nós somos mordomos, informalmente falando, dos recursos, do tempo e da nossa vida. E quem não sabe ser bom mordomo da sua vida, jamais o será noutras circunstâncias perante a sociedade. Este facto está claro na Palavra de Deus: “Porque, se alguém não sabe governar bem a sua própria casa, como terá cuidado da igreja de Deus? (I Timóteo 3:5).
Foi Deus que legou ao homem a responsabilidade da mordomia. Deus deu ao Homem um jardim esplêndido e intraduzível por palavras humanas. Imaginemos o melhor que há e mesmo assim ficaremos muito aquém da beleza extraordinária desse jardim. Esse jardim foi dado ao Homem para Seu desfrute e para Sua mordomia (ver Génesis 1:26-30 e 2:15). Infelizmente a acção humana está cada vez mais a debilitar e a declarar à morte a bela natureza que Deus criou para deleite do ser humano por má gestão dele.
Se a mordomia, nessa componente é importante, mais o é na mordomia no nosso ser. Deus nos dá saúde, vida, dons, recursos, capacidades e talentos e muitas mais coisas para nosso deleite e nossa intervenção activa no mundo, mas nós, ou não agimos ou quando o fazemos, nem sempre procedemos da melhor maneira. Certamente, Deus nos pedirá contas da maneira como nós soubemos administrar ou não aquilo que Ele nos concedeu, tal como pediu contas a quem lhes deu talentos para gerirem, conforme as suas capacidades (ver Mateus 25:14-30).
Que tipo de mordomos estamos a ser do nosso ser? Será que estamos a mordomar bem aquilo que Deus nos tem concedido? Correremos o risco de um dia Jesus nos dizer estas palavras: “Mau e negligente servo”? A minha oração é: Senhor Jesus, dá-me sabedoria, forças e a tua direcção para administrar correctamente as bênçãos que tu tens colocado na minha mão. Não retires de mim a tua graça e a tua misericórdia, e enche-me cada vez mais da tua alegria, da tua paz e do teu poder. Perdoa-me as minhas transgressões, e faz-me sentir a sua presença. Em nome de Jesus, amem. Que esta possa ser também a vossa oração.

1 comentário:

Anónimo disse...

Para um MaRuJo principiante, não está nada mal!
Claro que ainda agora o barco acabou de zarpar!
Faço votos para que navegue sempre em "...águas tranquilas..." e tudo seja feito por "...amor do Seu Nome". E mesmo que por vezes possas andar "... pelo vale da sombra da morte..." certamente que poderás dizer que "...não temerei mal algum porque Tu estás comigo!"
Habita por aqui longos dias com algo que faça a diferença no sentido positivo e, se me permites, um pedido: não enveredes por questões loucas deste mundo "...mas sê o exemplo dos fiéis..." procurando sempre a melhor maneira de "...tarnsformar pela renovação do entendimento para que saibas..." qual o rumo que deves efectivamente seguir!
Grande abraço.
Alberto Carneiro